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U m exemplo de que a reforma agrária e as pequenas pro- priedades dão certo está no Centro Sul do Paraná. Há 18 anos, 2800 famílias de trabalhadores ru - rais iniciaram a transformação da economia do município de Rio Bo- nito do Iguaçu e Quedas do Iguaçu. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), elas instalaram-se numa área de 52 mil hectares de terras, que na época pertenciam à Araupel e, hoje são responsáveis por injetar na economia local e regional aproxi- madamente R$ 15 milhões por mês. Elas pertencem aos assentamentos Ireno Alves dos Santos, Marcos Freire, 10 de Maio e Celso Furtado, este situado entre os limites de Rio Bonito do Iguaçu e Que- das do Iguaçu. F oi com muita luta e deter- minação que cada uma das famílias reivindicou seu tão sonhado pequeno lote de terras para produzir dignamente. Com a conquista de 6 alqueires, cada uma delas iniciou uma nova história de vida que ga- rantiu a Rio Bonito do Iguaçu, não apenas se fortalecer economicamente como também conquistar posição de de- staque no ranking produtivo do Paraná e Brasil. A deptas ao sistema de ag- ricultura familiar optaram pela diversificação de ativ- idades. Numa pequena propriedade conseguem produzir leite, grãos e demais alimentos para subsistência, além de aves e porcos. De acordo com o levantamento da Universi- dade Federal da Fronteira Sul ORGANIZAÇÃO Não é apenas no setor produtivo que as famílias ganham destaque, a orga- nização também é exemplar. Divididas em 30 comunidades, elas fundaram a Central das Associações Comunitárias, responsável pelo gerenciamento de todas as associações e assentamentos. “Somos muitas famílias, nossa estrutura é grande. Dentro dos assentamentos temos mais de 5 mil alunos distribuídos nas sete escolas estaduais, além das municipais. Temos posto de saúde e igrejas, vivemos em perfeita harmonia. Quando chegamos aqui tínhamos como propósito nossa terra para produzir e é isso que estamos fazendo”, afirma o presidente da Central, Ênio Paskolin. COOPERATIVISMO Além das associações, os agricultores também fundaram cooperativas para gerir desde a assistência técnica nas propriedades até a comercialização da produção. As famílias contam com aproximadamente 40 técnicos agrícolas em campo, que acompanham desde a semeadura até a colheita, além do dia a dia dos rebanhos de corte e leite. “Todos são contratados e pagos por nós, através da cooperativa. Também temos o acompanhamento de órgãos municipais, estaduais e federal voltados à agricultura. A universidade tam- bém é nossa grande parceira através do desenvolvimento de projetos e acompanhamento”, finaliza Paskolin. PACIFICAMENTE Desde que assumiu a Assessoria de Assuntos Fundiários do Paraná, Ham- ilton Serighelli defende a bandeira da paz no campo e que os conflitos por terra sejam resolvidos na mesa de negociação. Tal postura também é mantida no Centro Sul do Estado, onde há um conflito envolvendo a em- presa Araupel e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Os dois segmentos são importantes para economia regional, tanto os as- sentamentos como a Araupel. Existe uma demanda judicial que discute na Justiça Federal se as áreas são públicas ou privadas. Esperamos que a (UFFS), os assenta- mentos - como um rebanho 45 de mil cabeças de gado pro- duzem 40 milhões de litros de leite por ano, o que projeta o município como o 3º maior produtor de leite do Paraná e o 5º do Brasil. As famílias têm ainda um rebanho de 15 mil cabeças de gado de corte. “Fazemos a diferença na econo- mia local. Nossa produção gar- ante a sobrevivência do comércio de Rio Bonito do Iguaçu, Quedas do Iguaçu e vizinhos. Fomos re- sponsáveis pelo aumento do Pro- duto Interno Bruto (PIB)”, destaca o presidente da Central das Asso- ciações Comunitárias e dirigente do MST na Região Centro Sul do Paraná, Ênio Paskolin. Além do leite, outra fonte geradora de renda é a produção de grãos. Por ano, os assentamentos colhem 600 mil sacas de soja, 750 mil sacas de milho e 300 mil sacas de feijão. A produção de aves chega a 2 milhões de quilos de frango e 30 mil cabeças de porcos. “Elas ainda cultivam a agricultura de subsistência que tem capacidade para atender 30 mil famílias além de produzir fumo, bicho da seda entre outras. Fornecem alimentos para programas do governo, além de abastecer o mercado local e re- gional”, explica o diretor do Cam- pus da UFFS e professor Paulo Henrique Mayer. Positividade – Para o professor e membro fundador do MST na Região Sul, Elemar do Nascimento Cezzimbra, desde que os assenta- mentos foram criados Rio Bonito do Iguaçu iniciou um processo de trans- for- mação econômica e produtiva. “Foram nos assentamentos onde regis- tramos o recorde de produção de grãos, 74 sacas de soja por hectare. O cultivo de feijão está pratica- Pequenas propriedades: comércio forte Rio Bonito do Iguaçu é o terceiro maior produtor de leite do Paraná e o quinto do Brasil EXPEDIENTE Jornal de Campanha do candidato a deputado estadual Hamilton Serighelli 4511 Jornalista responsável: Silvia Lira DRT 5042 Projeto Gráco: Greisiane Soares Tiragem:20 mil exemplares Coligação PSDB, PROS, DEM, PSB, PSD, PTB, PP, PPS, PSC, PR, Solidariedade, PSL, PSDC, PMN, PHS, PEN E PTdoB Coligação Avanço d o Paraná:PSDB, PSD, PROS, DEM PHS CNPJ do candidato:20.572.309/0001-63 Cerca de três mil famílias de pequenos agricultores de quatro assentamentos inje- tam R$ 15 milhões em Rio Bonito do Iguaçu e Quedas do Iguaçu
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