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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE CURSO DE PEDAGOGIA LIBRAS TUTORA: CHARLENNY ALUNA: MARIA MARONEIDA CHAVES A EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL JAGUARIBE-CE AGOSTO DE 2014 A EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL O mais antigo registro que menciona sobre a “Língua de Sinais” é de 368 a.C., escrito pelo filósofo grego Sócrates, quando perguntou ao seu discípulo: “Suponha que nós, os seres humanos, quando não falávamos e queríamos indicar objetos, uns para os outros, nós o fazíamos, como fazem os surdos mudos, sinais com as mãos, cabeça e demais membros do corpo?” Nessa linguagem, a comunicação se dá através da visão, nos sinais feitos pelas mãos, expressão facial, e corporal, tudo simultaneamente ou também, sequenciado, por isso, a pessoa precisa ficar atenta a todas essas expressões para entender o que está se dizendo. A comunicação por sinais foi à solução encontrada também pelos monges beneditinos da Itália, acerca de 530.d.C, para manter o voto do silêncio. Mas, pouco se sabe devido à carência de registros, mil anos depois, sobre esse sistema ou sobre os sistemas usados por surdos até a Renascença. Até o fim do século XV os surdos eram considerados incapazes de serem ensinados. Por isso, as pessoas surdas foram excluídas da sociedade e muitos tiveram sua sobrevivência prejudicada. Assim, não havia escolas especializadas para os surdos na Europa, já que na época, existiam leis que proibiam o surdo de possuir ou herdar propriedades, casar-se, votar como os demais cidadãos. Muitos surdos foram excluídos somente porque não falavam, o que mostra que o maior problema não era a surdez, mas sim a falta da fala. Desde então até hoje, confunde-se a habilidade de falar com a voz com a inteligência desta pessoa, talvez porque a palavra “fala” esteja etimologicamente ligada ao verbo/pensamento /ação e não ao simples ato de emitir sons articulados. No passado os surdos eram considerados incapazes e eram excluídos da sociedade, privados de seus direitos básicos (como casar, herdar bens), ficando com a própria sobrevivência comprometida. Apesar desse preconceito, houve pessoas ouvintes que desenvolveram métodos para ensinar aos surdos a língua oral de seu país, como, por exemplo, Girolamo Cardano, um italiano, que utilizava sinais e linguagem escrita, e Pedro Ponce de Leon, um espanhol, monge beneditino, que utilizava, os sinais, treinamento da voz e leitura de lábios. Naquele tempo, algumas pessoas já acreditaram que a primeira etapa da educação deles devia ser um ensino da língua falada, adotando uma metodologia que ficou conhecida como “método oralista puro”. Outras utilizaram a língua de sinais, já conhecida pelos alunos, como meio para o ensino da fala, foi chamado “método combinado”.
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