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Quanto as conquistas obtidas por esta parcela da sociedade, em especial os surdos, a disseminação do ensino e aprendizagem da Libras (Língua brasileira de Sinais), configura-se como um ponto chave para o verdadeiro processo de inclusão dos surdos na sociedade. Autores como Vygotsky e Leontiev destacam que o desenvolvimento biopsicossocial do homem perpassa o contato com o outro e este contato é intermediado pela linguagem, portanto para que o ser humano goze do direito de interagir com o outro a linguagem, em suas mais variadas vertentes, coloca-se como essencial. Sendo assim a Libras apresenta-se como um instrumento que permite aos surdos este contato com o outro, quebrando com uma exclusão que já o persegue pelo fato de ser surdo e ainda pela dificuldade de comunicação. A Libras pode ser definida como uma língua utilizada pela maioria dos surdos do Brasil, desenvolve-se inicialmente de modo natural e de acordo com o contato que o surdo estabelece com o ambiente e das suas necessidade biológicas e interacionais, sendo pronunciada por meio de gestos corporais e compreendida através da visão. É preciso destacar que a Libras é uma língua de sinais especificamente utilizada no Brasil não sendo, portanto universal, cada país possui uma língua de sinais característica. A brasileira tem suas origens na língua de sinais francesa com variações que decorrem da própria cultura e costumes do país. Esta origem da Libras está relacionada com a própria inclusão da educação para surdos no Brasil, a qual ocorreu por volta do século XIX, por parte do educador francês Hernest Huet, em consonância com a própria introdução das ações de educação inclusiva no Brasil. A criação do Instituto Nacional de Surdos-Mudos, mediante a aprovação da Lei 839 assinada por Dom Pedro II em 1857, é apontada como marco inicial da educação para surdos no Brasil. Esta conquista está diretamente atrelada a expansão do ensino de Libras, ainda sob influência da língua de sinais francesa. E diante de muitos esforços de pesquisadores, educadores e dos surdos do país muitas outras conquistas vem se firmando, como por exemplo a criação do dicionário da Língua Brasileira de Sinais e o reconhecimento da mesma como língua oficial dos surdos do Brasil por meio da lei nº 4.857/2002,
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