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superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente". Constatamos que às formas de atendimento educacional oferecido aos alunos que apresentavam surdez desde o século XVI, são reflexos das tendências mundiais que ocorreram, principalmente na Europa, bem como o embate entre o método que prioriza a comunicação por meio da língua falada e o método por meio de sinais é histórico e se mantém até a atualidade. No entanto, hoje há provas contundentes evidenciando a importância da língua de sinais para o processo de aprendizagem dos alunos surdos. Portanto, a grande maioria dos surdos que passaram pelo processo de oralização, não falam e nem fazem leitura labial satisfatoriamente. Pois poucos surdos apresentam habilidade de expressão e recepção verbal razoável, sendo comum, por esse motivo, ficarem, por alguns anos, retidos na mesma série do Ensino Regular. Enfim, esse fracasso escolar é resultado de representações sociais, históricas, culturais, lingüísticas, políticas e concepções equivocadas, às quais o condicionava o surdo a superar a deficiência em busca da igualdade, semelhante ao ouvinte (BRASIL, 2004). Embora tenhamos a adesão de muitos pesquisadores da área da surdez ao bilingüismo como filosofia educacional adequada para a população surda e a própria comunidade surda a defenda e a identifique como adequada às suas características, a educação bilíngüe vivencia um período transitório em q ue os estudantes surdos “têm sua trajetória escolar pautada em paradigmas contraditórios, ora os tratando como “deficientes” ora reconhecendo- os como grupo cultural” (FERNANDES, 2008, p.6). Após refletirmos sobre a trajetória histórica da educação dos surdos, percebemos que é de fundamental importância que os educadores que atuam diretamente com os mesmos e, até mesmo os que ainda não tiveram esta experiência conheçam esse processo histórico vivenciado pelas pessoas surdas para que possam construir práticas pedagógicas, pautadas na reflexão para não se repetir no futuro os erros do passado e seus equívocos. “Entre eles, os esforços empreendidos, muitas vezes de forma cruel, para que as pessoas surdas falassem a qualquer custo, aprendessem leitura labial, se protetizassem, e evitassem o contato com surdos sinalizados” (SOUZA; SILVESTRE, 2007, p.33).
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