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Ao longo de muito tempo os deficientes auditivos eram limitados, pois se acreditava que deveria ser priorizada a língua oral. A criação da datilologia para os surdos em busca de seu espaço. Para mim é considerado excepcional e ela por si corresponde a uma voz. Antigamente os surdos eram considerados incapazes de ser ensinados, não havia ainda um método específico para comunicar-se com eles. Não frequentavam escolas, sendo assim excluídos de atividades comuns à sociedade. Os surdos, principalmente os que não falavam, eram proibidos de casar, possuir ou herdar bens e viver como as demais pessoas. Privadas de seus direitos básicos ficavam com a própria sobrevivência comprometida. No final do século XV, pessoas ouvintes tentaram ensinar os surdos, como Giralamo Cardamo, um italiano que utilizava sinais e linguagem escrita. Posteriormente Ponce de Leon, um monge beneditino espanhol que utilizava, além de sinais, treinamento da voz e leitura dos lábios. Nos séculos seguintes, pessoas como: Ovide Decroly da Bélgica; Alexandre de Gran Bell do Canadá e Estados Unidos; Samuel Heinick da Alemanha; Abbé Charles Michael de l’Epée da França; Ivan Pablo Bonet da Espanha; entre outros. Dedicaram-se à educação dos surdos. Esses educadores divergiam quando ao método mais indicado para ser adotado no ensino dos surdos. Uns acreditavam que o ensino deveria priorizar a língua falada (Método Oral Puro) e outros que utilizavam a língua de sinais (já conhecido pelos alunos) e o ensino da fala (Método Combinado). Em 1880, no congresso mundial de professores de surdos em Milão na Itália, chegou-se à conclusão de que todos os surdos deveriam ser ensinados pelo método Oral Puro. Um pouco antes de 1857 enfim nosso país começou a aderir a a educação para surdos. D.Pedro II convidou o professor francês Hernest Huet (surdo e partidário de l’ Epée), que usava o Método Combinado, para fundar a primeira escola para meninos surdos no nosso país, cujo nome era Imperial Instituto de Surdos Mudos, hoje, Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) mantido pelo governo federal, e que atende, em seu colégio de aplicação, crianças, jovens e adultos surdos, de ambos os sexos. Assim os surdos brasileiros passaram a contar com uma escola especializada para sua educação e tiveram a oportunidade de criar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), mistura da Língua de Sinais Francesa com os sistemas de comunicação já usados pelos surdos das mais diversas localidades. A.J. de Moura e Silva, um professor do INES, viajou para o Instituto Francês de Surdos (1896), a pedido do governo brasileiro, para avaliar
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