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O reconhecimento pela Lei brasileira nº 10.436/2002, da LIBRAS como Língua oficial, abriu o caminho da educação bilíngue para os surdos e a aceitação da existência de uma “cultura surda”. Deste modo, pode -se perceber que o bilinguismo é amparado por lei e como tal deve se efetivar de maneira a contemplar a inclusão social dos surdos em uma sociedade predominantemente ouvinte. A oficialização da Língua de Sinais no país abre caminho para uma educação inclusiva, conforme estabelecem os documentos oficiais, onde se propõem a adaptar as escolas para que possam receber adequadamente todos os alunos classificados como “pessoas com deficiência” . Essa ideia de inclusão dá margem à interpretação de que, pelo fato de todos estarem no mesmo ambiente, o aprendizado acontecerá de forma natural, além disso, preparará a sociedade escolar para a convivência e a tolerância às diferenças. A educação do sujeito surdo através da proposta bilíngue, como participante de duas realidades, como um estrangeiro no próprio país, vivendo ao mesmo tempo a realidade da língua materna, na qual tem sua visão de mundo construída e aprimorada, e a realidade de uma segunda língua, a utilizada no cotidiano da comunidade a que pertence. Nesta proposta, o ideal para o sujeito surdo não seria a sua adequação à realidade ouvinte, usuária da língua oral, mas sim assumir sua condição de surdez como parte de suas características e identidade. Além do caminho que a legislação brasileira abriu para a educação bilíngue para surdos, também são bases para a proposta, documentos internacionais e teorias adotadas e divulgadas pelo MEC do Brasil. Tudo isso passa a fazer parte das conquistas desse povo que merece ser conhecido como ser humano tendo seus direitos civis, social e político garantidos e consequentemente a uma educação de qualidade assim como toda a sociedade. Conclui-se pelo exposto acima, enfatizando o cenário de lutas e conquistas, que os direitos conquistados para a educação dos surdos no Brasil são de fundamental importância para a inclusão destes na sociedade. Onde passaram a ter seus direitos garantidos e assim melhorar o desempenho e a participação ativa no meio cultural, social e político.
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